quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Antiinflamatórios naturais...

Os alimentos vão muito além da nutrição e tornam-se fortes aliados contra várias doenças, nomeadamente neste artigo as inflamatórias. 


Para começar, nada melhor do que relembrar a definição de inflamação...


INFLAMAÇÃO: é a reacção do organismo face a uma infecção ou lesão nos tecidos.

Num processo inflamatório, a região afetada fica avermelhada e quente (devido a um aumento do fluxo de sangue), ocorre inchaço (edema) e hipersensibilidade como resultado da infiltração de líquidos nos tecidos locais.

A dor é originada por compressão das fibras nervosas locais devido ao edema ou agressão direta às fibras nervosas. Por fim a perda de função é decorrente do edema (principalmente em articulações, impedindo a movimentação) e da dor, que dificultam as atividades locais.

Seguem-se alguns exemplos de alimentos com acção antinflamatória:





A dieta rica em alimentos antiinflamatórios pode prevenir e bloquear a inflamação, fortalecendo o sistema imunitário e o equilíbrio de todas as funções básicas do organismo. 
Entre os alimentos com maior acção antinflamatória se destacam os ácidos graxos ômega-3, encontrados no azeite de oliva extra-virgem e peixes de águas frias (salmão, atum, bacalhau, arenque, cavalinha, sardinha e truta). No organismo, estes ácidos são convertidos em substâncias semelhantes aos hormônios*, que reduzem inflamações. Chá verde, alho, aveia, cebola, crucíferas (brócolos, couve-flor e repolho), semente de linhaça, soja, tomate e uva são alimentos com substâncias bioativas que tem acção na modulação do processo inflamatório e são antioxidantes.

* Hormônios: substâncias químicas específicas de acção sistémica que são produzidas por células especializadas, são lançadas na circulação e vão produzir efeitos específicos (indução ou inibição) em um órgão específico do corpo.


Os alimentos têm efeito importante nos níveis dos hormônios, podendo ativar ou inibir a acção inflamatória. A inflamação, muitas vezes, pode aumentar o risco de desencadear certas doenças, como: cancro, diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade, Alzheimer, alergias e artrite.
Batata assada, batata frita, bolos, biscoitos, trigo branco e farinha integral são alguns dos alimentos que apresentam alto índice glicêmico que em vez de inibir a inflamação estimula.

» A inflamação não pode ser vista só como ponto negativo, sendo ela uma resposta do organismo que ocorre tanto para melhorar um ferimento como proteger contra uma infecção. 
Febres, dores crónicas, inchaços, mal-estar, todos esses sintomas desagradáveis podem ser a consequência direta de um processo de inflamação em qualquer parte do corpo. Nestas situações, há um esforço do nosso organismo em reconhecer os agentes responsáveis pelo ataque, para neutralizá-los o mais rápido possível e aqui entra o papel da nutrição, principalmente quando um processo inflamatório, em vez de funcionar como uma resposta a um agente externo muito mal-intencionado, começa a se instalar no nosso organismo de forma crónica. 
Os alimentos que consumimos no dia a dia podem ser os responsáveis por essas inflamações duradouras, já que determinadas substâncias neles contidas, como as gorduras saturadas, podem ser extremamente irritantes ao organismo. Neste caso, o corpo dará sinal ao sistema imunológico de que é preciso atuar contra elas, eliminando-as, havendo ativação por longo prazo do sistema de defesa, promovendo alterações na atividade insulínica, na mobilização das gorduras e stress oxidativo, entre outros danos.


Entre os alimentos que mais combatem as inflamações estão o chá-verde, o alho, a aveia, a cebola, as frutas e hortaliças e a soja...