segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Espondilite Anquilosante



Espondilite Anquilosante...é uma doença reumática inflamatória que afecta essencialmente as articulações sacro-ilíacas e a coluna vertebral. 
A manifestação inicial é dor lombar, que persiste por mais de três meses (normalmente abranda com o movimento, e aumenta com o repouso). Esta dor pode irradiar para as pernas e estar associada a uma rigidez matinal, assim como pode desaparecer espontaneamente e voltar depois de algum tempo. 
Outros sintomas são o comprometimento progressivo da mobilidade da coluna (perda de mobilidade\rigidez da articulação), da expansão dos pulmões e aumento da curvatura da coluna na região dorsal. 
Com a evolução da doença, a tendência é a dor tornar-se mais intensa, especialmente à noite. Apesar da evolução ser variável, muitas vezes origina, para além das dores, deformidades fixas e irreversíveis da coluna vertebral e das articulações coxofemorais, causando incapacidade funcional grave e limitativa precocemente.

Não se conhece a causa da doença, que acomete mais os homens do que as mulheres, a partir do final da adolescência até os 40 anos, e não tratada, pode tornar-se incapacitante. O diagnóstico leva em conta os sinais e sintomas, os resultados de exames laboratoriais de sangue e os achados radiográficos nas articulações da região sacro-ilíaca. O diagnóstico precoce é de extrema importância para evitar a progressão da doença e suas complicações, e para tal existem métodos complementares que auxiliam no diagnóstico: o hemograma, VS, PCR, ANA, factores reumatóides (HLA-B27), RX, IG's, etc.

Tratamento...O objetivo do tratamento para controle da espondilite anquilosante é aliviar os sintomas dolorosos e reduzir o risco de deformidades. Para tal, pode-se recorrer ao uso de medicamentos, à fisioterapia, à Osteopatia e à cirurgia.  



Não tenho dúvida que a primeira ajuda que se pode dar a um paciente cujo quadro clínico sugere uma Espondilite Anquilosante, é o esclarecimento e encaminhamento para um Reumatologista, e se o diagnóstico se confirmar existem muitas maneiras de acompanhar o doente. É importante que este cumpra um programa de exercícios respiratórios (manter a maior amplitude de expansão torácica possível ) e posturais, para manter os grupos musculares (principalmente cadeias posteriores) com uma boa hipertrofia, para prevenir a anquilose (rigidez de uma articulação) vertebral de puxar o tronco e fixá-lo em flexão.

Seguindo os princípios Osteopáticos e aplicando algumas técnicas: 
1-Articulares (aumentando a mobilidade das articulações afectadas); 
2- Técnicas aos tecidos moles, promovendo alguns grupos musculares, alongando e "libertando" outros; 
3- Orientando/ aconselhando alguns exercícios, 
4- Entender o paciente como um todo, na sua dimensão mente/corpo/meio exterior.

São satisfatórios os progressos na generalidade dos casos. 
Por progresso entenda-se, algum ganho de mobilidade e diminuição do quadro de dor em fases não agudas. É importante salientar que algumas técnicas são contra-indicadas em algumas patologias de origem inflamatória.


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