quinta-feira, 6 de junho de 2013

Compreendendo um pouco melhor a nossa coluna...


O QUE É HÉRNIA DISCAL E DOR CIÁTICA?


Durante a inclinação lateral do corpo ou quando exercemos um movimento de torção, a pressão nos discos é anormal e assimétrica causando uma deformação no próprio disco e uma mudança de posição das facetas articulares.
Se o movimento for brusco e não estivermos preparados para executá-lo (por exemplo uma queda de "mau jeito", pegar um peso de maneira errada) estas estruturas são solicitadas anormalmente, podendo causar desde pequenos traumas no disco ou até uma ruptura do seu anel fibroso. Após várias rupturas o anel fibroso fica mais fraco e se dilata produzindo uma PROTUSÃO DISCAL (HÉRNIA DISCAL).



Esta protusão comprime o nervo que está próximo. Na coluna lombar isto acontece principalmente com os discos entre as duas últimas vértebras lombares, e neste caso, o nervo comprimido é o nervo ciático que está próximo. Esta compressão produz a dor ciática. Esta dor começa em uma das nádegas e se irradia para a parte de trás da coxa, caminha para a parte lateral da perna, podendo chegar até a parte lateral do pé.




A) Anel fibroso não rompido 
      (PROTUSÃO DISCAL)
 B) Anel fibroso rompido
       (HÉRNIA DISCAL) 


DESIDRATAÇÃO DO DISCO...


Outro fenómeno que acontece com o disco é a sua desidratação, e isto faz parte do nosso envelhecimento natural. A desidratação do disco faz com que ele perca altura, diminuindo o espaço entre dois corpos vertebrais vizinhos. Esta alteração causa um "aperto" das estruturas vizinhas locais, proporcionando com os anos o aparecimento de bicos de papagaio entre os corpos vertebrais. Estes bicos de papagaio também penetram no canal medular diminuindo o espaço pelo qual passa a medula. Esta diminuição da largura do canal chama-se estenose do canal medular. Nestes casos a medula fica comprimida, dificultando a circulação do sangue no local, provocando uma série de alterações como por exemplo: forte dor lombar ao andar, obrigando a pessoa a fazer pausas constantes durante um curto percurso, cãibras noturnas, sensação de formigueiro nas pernas, entre outros, dependendo do segmento medular afetado.