terça-feira, 12 de novembro de 2013

Distrofia Simpático-Reflexa (DSR)

Distrofia Simpático-Reflexa (DSR)

A síndrome ombro/mão é um distúrbio neurovascular reflexo, geralmente chamado de Distrofia Simpático-Reflexa (DSR) e apresenta-se com sinais e sintomas após lesões em ossos, músculos e nervos. Esta doença complexa vem recebendo diversas denominações, entre elas, atrofia de Sudeck, síndrome ombro-mão, distrofia simpática pós-traumática, síndrome dolorosa regional complexa tipo 1, etc. Atualmente, há uma grande controvérsia a respeito da origem da DSR, alguns autores acreditam que esta doença é decorrente de um mecanismo neuronal reflexo após um evento de trauma físico, levando à percepção anormal da dor.Em mais de 60% dos casos, descritos em adultos, há história efetiva de um trauma, mas a DSR ocorre mais frequentemente em adultos que sofrem um trauma psicológico, e já tinham uma instabilidade emocional, depressão e insegurança. Também pode ocorrer em crianças que apresentam um perfil prefeccionista, podendo o quadro ser agravado por fatores de stress, próprios da idade, ou até a morte de um familiar, início da escola, etc.

Exemplo de DSR no Membro Superior.

Quadro clínico:
A distrofia simpático-reflexa (DSR) é um distúrbio doloroso complexo, que se apresenta com uma dor intensa e persistente, em um dos braços. A dor é associada à queimação, disestesia, parestesia e hiperalgesia ao frio e sinais clínicos de disfunção do sistema nervoso autónomo (cianose, edema, frio e alteração de transpiração local). 
Geralmente a dor descrita pelo paciente é intensa e do tipo incapacitante.

Caracteriza-se por:
  •  Dor ou hiperestesia no ombro, punho ou mão;
  •  Limitação dos movimentos em:
· ombro, com a maior parte da restrição na flexão lateral e abdução.
· punho, com maior parte da restrição na extensão do punho.
· mão, com a maior parte da restrição na flexão metacarpofalângica e interfalângica proximal.
  •  Edema da mão e punho secundário ao comprometimento circulatório dos sistemas venoso e linfático, que por sua vez precipitam a rigidez da mão.
  • Instabilidade vasomotora.
  • Alterações tróficas na pele.
A medida que a condição progride,a dor que vai cedendo mas a limitação nos movimentos persiste, a pele torna-se cianótica e brilhante, os músculos intrínsecos da mão atrofiam, e ocorrem alterações nas unhas.
A incidência é maior nas fraturas de extremidade distal dos ossos do antebraço, na síndrome do túnel do carpo e na Doença de Dupuytren. Em geral a DSR ocorre de forma unilateral, com maior frequência nos membros superiores do que inferiores.

Exemplo de DSR no Membro Inferior

Tratamento:
O objetivo principal, como osteopata é o alívio da dor e o restabelecimento da função normal ou o máximo possível do potencial funcional remanescente do membro acometido cortando-se o mais rápido possível o ciclo dor-imobilização-edema-alterações neurovegetativas-desuso-dor, usando técnicas específicas nas estruturas limitadas e trabalhando dentro da amplitude livre de dor: mobilização articular, inibição muscular, alongamento de tecido mole. Facilitar contrações musculares ativas com exercícios tanto isotônicos como isométricos e atividades leves de sustentação de peso. Orientar o paciente sobre a importância de seguir um programa de aumento de actividade e aumentar os estímulos sensoriais, por exemplo usando gelo. 
Fora da osteopatia, de uma maneira geral o tratamento consiste na utilização de analgésicos, antiinflamatórios não hormonais e reabilitação.Quando necessário é recomendado o uso de anti-depressivo para aliviar a dor que é muito semelhante à fibromialgia.


  • O quadro de DSR pode não vir sozinho, e  estar associado a outras dores com disfunção do sistema nervoso autónomo, tais como: enxaqueca, síncope, fibromialgia e dor abdominal. O envolvimento de membros inferiores se bem que mais raro, também pode ocorrer com as mesmas características dos membros superiores associado, porém, à incapacitação de deambulação. 



3 comentários:

  1. Venho por meio deste, divulgar e contribuir sobre tratamento da Distrofia Simpática Reflexa (Síndrome Sudeck), tendo em vista as poucas informações e desencontradas sobre o assunto e tb aos relatos de pessoas na web q sofrem com a doença e q coincidem com o q passo.

    Sofro com a doença há 12 anos e há 8 meus movimentos nos braços e mãos estão extremamente limitados devido à dor intensa. Demorei 4 anos para ter diagnostico da doença e após descobrir ainda passei por vários médicos e tipos tratamentos q não deram certo ou q alcançaram resultados paliativos. Alguns procedimentos contra dor, citados na literatura e bem difundidos no meio médico (bloqueio venoso simpático, gânglio estrelado e Radiofrequência) tiveram resposta bem modesta.

    Apenas tive resultados significativos com os procedimentos:

    • Câmara Hiperbárica (10 sessões diárias com 2 Atm e 1:30 hs de duração), aos quais me submeto a cada 4 meses, desde fevereiro de 2009;

    • Toxina Butolínica Intramuscular (aplicações no pescoço, ombro, braços e mãos a cada 3 meses), desde janeiro de 2013.

    Para complementar o tratamento faço fisioterapia (Osteopatia) e tb medicação oral.

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  2. Obrigado pelo seu testemunho e pela sua atenção!
    É de elevada consideração.

    Que a Osteopatia seja um bem, na sua recuperação e tratamento.

    Cumprimentos,
    Carla Pestana

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